O presente estudo teve como objetivo realizar a validação do instrumento Escala Autopercecção da Flexibilidade Cognitiva (EFC) em uma amostra de estudantes universitários brasileiros. O estudo foi constituído pelas seguintes etapas: tradução, retrotradução (tradução reversa – Backtranslation), revisão por comitê de especialistas, estudo-piloto e verificação dos parâmetros psicométricos por meio de dois estudos. Deste modo no Estudo 1 foi realizada Análise Fatorial Exploratória, com amostra de 200 participantes de instituição pública com idades entre 18 e 35 anos (M = 22,99; DP = 4,96) e no Estudo 2 Análise Confirmatória dos dados obtidos da amostra de 200 participantes de instituição privada com idades entre 18 a 35 anos (M = 20,84; DP = 5,66). A EFC apresentou estrutura adequada para uso no contexto brasileiro, com estrutura bifatorial (fator 1: dimensão estratégias funcionais e fator 2: dimensão percepção das situações) e índices gerais de consistência interna adequados (α = 0,80 e ω= 0,81). Os resultados evidenciaram índices de ajuste satisfatórios, confirmando a estrutura bifatorial [CFI = 0,90, TLI = 0,88, RMSEA = 0,06] com cargas fatoriais variando de 0,383 a 0,752 no fator 1 e de 0,372 a 0,533 no fator 2, para o total de 10 itens ao final das análises. Considera-se que os objetivos propostos foram alcançados, oferecendo uma medida com evidências de validade e parcimonioso, fato que poderá viabilizar sua inserção em estudos futuros, contribuindo para avanços no conhecimento científico relacionado a instrumentos que avaliem a flexibilidade cognitiva.